Cinco condenados por assassinato de procurador da câmara de cacoal; penas ultrapassam 100 anos

Réus também responderam por tentativa de homicídio contra colega que sobreviveu ao ataque em 2019
Há 4 horas
 | Fonte: Pixabay/QuinceCreative
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Após dois dias de julgamento, o Tribunal do Júri condenou cinco pessoas pelo assassinato do procurador da Câmara de Vereadores de Cacoal, morto a tiros em frente ao prédio público em 2019. As penas aplicadas ultrapassam 100 anos de prisão. O crime foi premeditado, planejado com antecedência e teria sido motivado por promessa de pagamento.

A vítima havia sido nomeada procurador-geral da Câmara apenas uma semana antes de ser executada com 14 disparos, em plena luz do dia.

O crime e a tentativa de homicídio

No ataque, um colega que acompanhava o procurador também foi alvo dos criminosos. Ele foi atingido na cabeça, sobreviveu após 28 dias de internação e precisou passar por traqueostomia, o que o impediu de falar por um período.

As câmeras de segurança registraram o momento em que os executores chegaram em um carro branco, desceram armados e efetuaram diversos disparos. O veículo usado no crime havia sido furtado, adulterado e posteriormente incendiado para tentar eliminar provas.

As condenações

Entre os condenados estão o autor dos disparos, o motorista do carro usado na execução, além de envolvidos que cederam abrigo aos criminosos, adulteraram o veículo e tentaram atrapalhar as investigações. As penas variam entre 3 e 50 anos de prisão, somando mais de um século no total. Outros dois acusados que respondiam ao processo foram absolvidos.

Mandante e motivação

De acordo com a sentença, o assassinato foi cometido mediante promessa de pagamento, caracterizando crime por encomenda. O suposto mandante já faleceu, e a motivação específica não foi detalhada pela Justiça.

Repercussão

A defesa de alguns réus considerou que houve vitórias parciais, já que determinadas qualificadoras foram retiradas e algumas penas ficaram abaixo do esperado. Ainda assim, o julgamento encerra um dos casos mais emblemáticos da história recente de Cacoal, marcado pela execução de um procurador em plena luz do dia, em frente à Câmara Municipal.