Atendimento na UPA gera polêmica em Cacoal e profissionais podem ser afastados
Uma família usou as redes sociais, inclusive mostrando ilegalmente uma criança, para reclamar do atendimento na UPA de Cacoal. A mãe contou que a filha tomou um medicamento e teve uma reação alérgica. A partir daí, começou uma confusão: discussões com a equipe, acusações e até tentativas frustradas de levar a criança para outra unidade com mais estrutura.
A mãe afirmou que a reação teria sido culpa do médico e da equipe de enfermagem. Já na UPA, conforme relatos de pessoas que estavam no local, ninguém teria sido avisado antes de que a criança tinha alergia a algum remédio.
Segundo essas informações, a criança ficou cerca de três horas na UPA. Nesse período, houve divergências entre médico, enfermagem e familiares sobre manter ou retirar o soro, entre outras decisões.
A família contou também que, antes de ir para a UPA, a criança tinha sido levada para uma unidade de saúde particular. Lá, teriam informado que ela precisava ficar isolada e receber atendimento especializado, pois estaria com suspeita de meningite.
Depois que o vídeo circulou na internet, a Secretaria Municipal de Saúde foi até o hospital particular conversar com a família. Eles voltaram com a criança para a UPA e, mais tarde, ela foi transferida para o Hospital Regional de Cacoal.
Nas redes sociais, familiares disseram que ainda houve discussão com uma profissional recém-contratada e levantaram dúvidas sobre procedimentos, documentos e encaminhamentos feitos durante o atendimento.
O caso repercutiu mal e, segundo a administração municipal, tanto a enfermeira recém-empossada quanto o médico que atendeu a criança poderão ser afastados. A enfermeira pode enfrentar um processo mais rígido por ainda estar no período probatório.