Tainana Nogueira destaca desafios e oportunidades nos financiamentos rurais durante a Rondônia Rural

Ji-Paraná (RO), 28 de maio de 2025 – A engenheira agrônoma e especialista em segurança do trabalho Tainana Nogueira tem sido uma das vozes mais ativas na orientação de produtores rurais sobre linhas de crédito, mudanças no Plano Safra e acesso ao financiamento agrícola. Durante a 12ª Rondônia Rural Show Internacional, ela trouxe esclarecimentos importantes sobre os caminhos e entraves do crédito rural em Rondônia.
“A cada Plano Safra, as regras mudam. O que não mudou é a confusão na cabeça do produtor. Uma linha some, outra entra. É preciso orientação para aproveitar as oportunidades”, afirmou Tainana.
Pequenos produtores ganham espaço, mas ainda enfrentam obstáculos
Segundo a agrônoma, as cooperativas estão hoje mais acessíveis que os grandes bancos, especialmente para pequenos produtores que ainda não conseguiram regularizar a documentação da propriedade. Linhas como o Pronaf são vantajosas, com juros a partir de 6%, mas exigem comprovação de regularidade fundiária.
“A realidade é que o pequeno produtor quer só R$ 20 mil para irrigação ou iniciar a piscicultura. E ele pode conseguir, desde que esteja com a papelada em dia”, explicou.
Georreferenciamento e legalização fundiária são gargalos
Tainana alertou para um dos principais entraves ao financiamento: a falta de regularização das terras. Estima-se que mais de 80 mil propriedades em Rondônia estejam com pendências documentais, o que impossibilita o acesso a linhas de crédito públicas.
“Sem georreferenciamento e matrícula regularizada, não tem financiamento. A boa notícia é que houve redução de taxas recentemente para ajudar o pequeno e médio produtor”, destacou.
Flexibilização de dívidas e renegociações: a sensibilidade dos bancos
A especialista também comentou sobre a renegociação de dívidas pecuárias, provocadas pela oscilação da arroba do boi nos últimos anos. Em muitos casos, bancos têm prorrogado financiamentos por até 24 meses, mediante laudos técnicos e justificativas bem elaboradas.
“Tivemos casos de pecuaristas que saíram de uma arroba de R$ 158 e venderam a R$ 306, depois da renegociação. O crédito certo, na hora certa, salva a produção”, relatou.
Financiamento rural vai além do “milhão”: acessível e estratégico
O discurso de Tainana desconstrói o mito de que só grandes produtores acessam crédito: hoje, é possível financiar valores menores para investir em irrigação, cercas, curral, aquisição de matrizes ou bezerros, com prazos de até oito anos para pagamento, dependendo da linha e do banco.
“Financiamento rural é coisa de pai pra filho: juros baixos, prazos longos. É preciso parar de ter medo e buscar orientação”, concluiu.
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